O VICIO E A ROTINA
Num lugar chamado Gurita, havia um bar, que era
freqüentado diariamente, por pessoas cujos nomes eram esquisitos: Pileque e
Tôta eram exemplos de tais. Eles eram pessoas franzinas, magrecelas e jodeadas
não pelo tempo mais também com uma forte ajuda da cachaça.
Eles adoravam tomar uma pinga diariamente, isso já
era rotina para eles.
Ao chegarem ao bar sentavam-se a espera de alguém
que pagasse uma dose de cana. Todos de olhos esburgalhados na ansiedade de
alguém aparecer para saciar a sua sede.
Pessoas que não estavam nem aí com a vida, com o
que ela tem de melhor, não queriam saber e nada só queriam seguir suas rotinas.
Antes, pessoas sadias, fortes, hoje pessoas
atiradas em um vício que parece não ter mais volta, pessoas que não se preocupam
com a sua própria saúde.
Ao fim do dia, ao saírem do bar, já embriagados,
vão embora para casa, não vendo a estrada pendendo de um lado para o outro.
Ao descansarem, no iniciar do dia seguinte voltam a
seguir a sua rotina.
Certo dia os dois iam cada um em sua bicicleta, já
era escuro, portanto, não dava para enxergar bem a estrada ou algo que por
acaso aparecesse em seu caminho.
Então o inesperado aconteceu, ao descerem a ladeira
levaram um tombo e ficaram muito machucados. Pileque quebrou o joelho em três
partes e teve vários arranhões e Tôta teve apenas alguns machucados leves.
Tôta no dia seguinte não lembrando o que havia
acontecido, saiu de casa a partiu em busca do seu amigo. Ao encontrá-lo
naquelas condições todo engessado, pensou: “Amigo que é amigo não abandona o
outro numa hora tão difícil” e partiu para resolver. Como Tôta estava com
alguns ferimentos leves e o coitado do Pileque todo quebrado, bateu aquela
vontade nele de tomar uma cachacinha, então ele pensou: “O que vou fazer para
levar o meu companheiro de todo dia?”
Então Tôta teve uma idéia, vou levá-lo em minha
carroça. Tôta pegou o burro e colocou em sua carroça. Em seguida, pegou pileque
e um monte de travesseiros, sacos, pano velho e colocou na sua carroça, depois
seguiu rumo à bodega.
Ao chegarem lá muito animados, meteram a cara na
pinga, Pileque tava muito animado porque o plano tinha dado certo e exagerou na
dose e se embriagou.
Tôta já estando muito bêbado pegou pileque colocou
na carroça com uma dificuldade enorme, é claro! e foram embora. Ele pendia
muito e mal conseguia colocar a carroça no caminho certo.
E então o inesperado aconteceu outra vez na mesma
ladeira, como o previsto, Tôta não conseguiu segurar a carroça que desceu
ladeira a baixo levando o coitado do Pileque. Tôta pulou da carroça e quebrou o
braço esquerdo e o pé direito e Pileque que havia descido ladeira abaixo com
carroça burro e tudo, quebrou o outro joelho que por incrível que pareça, outra
vez em três partes.
Vendo o acontecido, curiosos correram para ajudar. Pegaram
o pobre do Pileque colocaram na carroça, dessa vez Tôta ia junto.
Mas como todo acontecido, conseguiram chegar em
casa, dessa vez com a ajuda de outras pessoas, é claro!
AUTOR: Mauricio 9º ano C
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